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Foto do escritorRomeu Waier

Critica do Curta- Essa Ligação é para você

Com muita alegria e satisfação recebemos a critica da Rainha! Critico (a) do Grupo Teatral Maschara ! Vivia pela madrugada lendo suas criticas para me polir como ator, é muito gratificante ver essa Musa voltando seus olhos para uma criação minha.

VEJA A CRITICA NO BLOG – Grupo Teatral Maschara, ou aqui mesmo.

Existem três tipos de obras, as que perdemos tempo assistindo, as que são para se assistir mas não merecem ser debatidas pois vieram prontas demais, e finalmente as que servem para serem discutidas, pensadas entre um chop e a fumaça de um cigarro…

Como apreciadora da arte, meu olhar sempre acaba se voltando aos alunos da ESMATE e suas criações. Por que? Talvez por que para mim o novo tem grande valor dentro daquilo que chamamos de vanguarda.

A arte do jovem artista panambiense é muito clara e refere-se visivelmente ao olhar artístico de um jovem que anceia por dizer ao mundo que exala pontos de vista. O curta de Waier mostra-se extremamente atual, mesmo que sua trama pareça brincar com o atemporal. A curva bastante acentuada é que nos segura atentos até o ultimo suspiro, aliás a curva dramática é o recurso mais importante que temos e indispensável para mantermos uma plateia atenta quando ainda nos falta outros recursos, aqui ela aparece na escolha da trilha, no apelo visual, na ação das personagens, enfim, no todo…

Rick Artemi brilha no curta como “um de nós” perdido, confuso, no hoje e no ontem. Sua curva dramática aparece também de forma física e ele brinca maravilhosamente com a câmera sob a direção de Waier. Gosto de vislumbrar jovens diretores, nesse confuso começo de carreira, ouso dizer que é seu melhor momento, afinal é quando artistas podem criar sem medo de errar, sem um “nome” sem um “estilo” reconhecido que os obrigue a escolher certos caminhos.

Lembro de Waier da Paixão de Cristo do Máschara e de A Hora da Estrela, trabalhos bastante diferentes, mas nos quais ele sempre se destacou por um “q” a mais, um diferencial até mesmo entre os colegas de cena. Jorginho como o pessoal do teatro carinhosamente o chama é daqueles artistas que tem uma plena noção do que acontece ao seu redor. Talvez por que tenha nascido para ser diretor, talvez por que tenha uma vocação para o cientifico da arte… Torçamos que cresça com humildade e devoção.

Seu curta reflete sua arte, mistura o atual com o extremamente atual de Brecht. À mim quem sofre não é o paciente de Covid, ou o sujeito que espera a liberação do auxilio, quem sofre é o artista de cidade pequena que tem ideias mas falta-lhe oportunidades, o jovem empreendedor cheio de vida artística.

Seu “alternativo” é bastante perspicaz, e as cartas na manga resumem a resenha de forma chocante. O fim nesse sistema confuso, nessa pandemia estapafúrdia, só pode ser a morte. A morte de quem não encontra liberdade, de quem não encontra soluções entre as velhas formulas , entre as velhas regras.

Minha admiração ao jovem diretor e ao jovem ator.

Arte é vida.

A Rainha

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