Não poderia mentir e dizer que não esperava por esse momento a muito tempo. Mas sim admitir que sempre me imaginei e ansiei de estar no palco com um grupo que compreendesse a magnitude do teatro. Quase como uma profecia que se concretiza. Assim como ja foi dito antes, meus caminhos em relação a arte sempre foram muito imprevisíveis, quando me dava por conta, estava no palco. La no inicio quando iniciei meus estudos na Esmate, pude perceber e compreender a seriedade e amplitude que se tratava o Grupo Máschara. Um grupo que tem uma história muito rica e cheia de profissionalismo. Quando recebi o convite para participar da terceira edição do espétac
ulo, sabia o tamanho da responsabilidade que carregaria nas mãos. Quase como um instruso, estaria adentrando um campo totalmente novo para mim, nunca havia feito uma turne e estado com aquelas pessoas e com aquele diretor no mesmo lugar nessas circustancias. Tudo se ampliaria alem das aulas, era a hora de por em pratica tudo que se estava aprendendo nos varios meses de aula na Esmate. Mas como poderia dizer não? Apenas por estar com medo? Quando no fundo minha alma ja sabia que deveria acontecer. Então minha resposta saiu antes mesmo do Cleber terminar de perguntar.
– Sim! Aceito !
Talvez algumas pessoas pensariam que eu deveria ter refletido, pensando com mais responsabilidade e tomado a decisão mais alem, para ver se teria condições com custos, tempo e etc. Mas entenda, não havia nada a se pensar, porque eu ja havia passado esta cena a muitos anos atras, durante muitas noites e dias de frustração. Essa responsabilidade em aceitar um convite para fazer uma peça, e ainda ser pago por isso, ja havia passado na minha mente durante muitos dias, antes mesmo de eu conhecer o grupo. Então eu sabia que quando a oportunidade surgisse eu deveria abraçar, não importando as consequências. Se fosse necessário vender minhas coisas para estar lá, eu faria, se fosse necessário vender chocolates para ter dinheiro para alimentação, eu faria. Não interessa as dificuldades, oque fosse necessário para estar lá, eu faria.
Foi assim que consegui pagar muitas mensalidades das aulas, assim como uma vez ou outra ter ajuda dos meus amigos. Mas a questão é, eu não estava preocupado com qual personagem iria fazer, ou se seria principal ou não. Talvez la no inicio eu me importaria. Mas neste momento, a unica coisa que me importava era fazer com maior perfeição o meu papel. E eu sabia que ainda assim não seria suficente, porque mais alem eu descubriria que o grupo é muito alem do que o meu perfeccionismo me fez acreditar. Havia uma alma ali, algo trancendental que eu não poderia explicar com palavras. Mas que no meu interior se abriu a uma nova percepção.
Apos aceitar o convite se abriu mais uma questão a minha frente, os personagens ! Falo disso no proximo post ! Se leu até aqui, gratidão! Namaste!
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